Exercício físico no pós-transplante
A literatura demonstra que a prática regular de exercício físico é benéfica para toda a população, mas especialmente para os doentes transplantados, com efeitos benéficos na sua qualidade de vida em geral. Todavia, inquéritos realizados na Europa a doentes transplantados e a doentes que aguardam em lista de espera para transplantação de um órgão sólido, mostram que muitos doentes não estão, ainda, plenamente conscientes dos enormes benefícios que a atividade física pode ter na sua saúde.
Dez benefícios da atividade física para os doentes transplantados
Incentivo para melhorar o estilo de vida.
Ajuda na reconstrução da vida social e no relacionamento com outras pessoas.
Promove uma maior consciência do seu corpo.
Melhora a saúde física e mental.
Melhora o bem-estar emocional.
Melhora a vida sexual.
Reduz o risco de desenvolvimento de doenças crónicas, como resultado dos efeitos secundários do tratamento imunossupressor.
Promove o melhor funcionamento e sobrevida do enxerto.
Aumenta a atividade cardíaca e pulmonar.
Aumenta a densidade óssea.
Existem vários tipos de atividade desportiva, devendo a escolha adequar-se ao gosto e às capacidades e limitações de cada um.
Depois de escolher uma atividade com que se identifica, fale com o seu médico assistente no sentido de analisar se há alguma contraindicação.
O Conselho da Europa e o seu Comité de Transplantação de Órgãos elaborou o guia Exercite o seu caminho para uma melhor saúde pós-transplante onde pode encontrar os benefícios da prática da atividade física, bem como sugestões e recomendações. Esta organização defende e recomenda que a atividade física é o melhor caminho para melhorar o estado de saúde dos doentes.
Um órgão doado é um presente de vida valioso. A prática regular de exercício físico, ligeiro a moderado, desempenha um papel fundamental na recuperação da saúde física e mental dos doentes transplantados.
Comité de Transplantação de Órgãos do Conselho da Europa
Pelo Rim
Imagem de Bruno Nascimento via Unsplash