Primeiro Dia Nacional da Doação de Órgãos e da Transplantação

Primeiro Dia Nacional da Doação de Órgãos e da Transplantação

Primeiro Dia Nacional da Doação de Órgãos e da Transplantação reune membros do Governo em prol da causa

A Ministra da Saúde, Marta Temido, participou ontem, 19 de julho de 2019, na 1ª comemoração do Dia Nacional da Doação de Órgãos e da Transplantação, no Montijo. 

Primeiro Dia Nacional da Doação de Órgãos e da Transplantação

A iniciativa, subordinada ao tema “Para que outros vivam”, pretendeu assinalar o trabalho conjunto realizado pelo Ministério da Saúde e pelo Ministério da Defesa Nacional na melhoria da saúde dos portugueses.

Na sessão de encerramento, a Ministra da Saúde referiu o esforço significativo feito pelas duas entidades (Saúde e Defesa), referindo que se sente tranquila com a entrega permanente e a dedicação destes profissionais. João Gomes Cravinho, Ministro da Defesa Nacional, aproveitou o evento para prestar homenagem ao empenho dos profissionais no salvamento de vidas.

Este evento contou também com a participação de representantes do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), da Associação de Transplantados Pulmonares de Portugal, da Força Aérea, da Marinha e do Exército. Na qualidade de pessoa transplantada, Manuel Francisco esteve presente nesta iniciativa, tendo dado o seu testemunho.

Primeiro Dia Nacional da Doação de Órgãos e da Transplantação

A razão de ser desta iniciativa está relacionada com o facto de o Governo ter instituído o dia 20 de julho como o Dia Nacional da Doação de Órgãos e da Transplantação. O primeiro transplante de órgãos em Portugal foi realizado com o rim de dador vivo, a 20 de julho de 1969, há 50 anos atrás, nos Hospitais da Universidade de Coimbra, por uma equipa médica liderada pelo Professor Linhares Furtado. Foi uma intervenção pioneira, que marcou o caminho para o desenvolvimento notável que se tem assistido na área da transplantação.

 Este ano a celebração será dupla, uma vez que se assinalam 50 anos sobre o primeiro transplante realizado em Portugal e 40 anos do Serviço Nacional de Saúde.

Para a presidente da Sociedade Portuguesa de Transplantação (SPT), Dra. Susana Sampaio, a celebração do Dia Nacional da Doação de Órgãos e da Transplantação é um passo “muito importante para a transplantação portuguesa”, na medida em que, indiretamente, chama a atenção para o tema da doação e da transplantação, podendo contribuir para a resolução de alguns problemas. “A escassez de órgãos é um dado universal. Daí que ao falarmos de doação e transplantação poderá haver abertura para o tema da doação em vida, por exemplo”, refere a Dra. Susana Sampaio, considerando que este dia serve ainda para “salientar o esforço de todos os profissionais de saúde para manter os programas de doação e transplantação, apesar dos escassos recursos humanos”, um problema para o qual a SPT gostaria que fosse dada mais atenção, “dado que é notória a exaustão de algumas equipas.” 

O diploma publicado no Diário da República, assinado pela Ministra da Saúde, no passado dia 28 de junho, destaca o seguinte: A disponibilidade de órgãos para transplantação depende exclusivamente da generosidade dos cidadãos, da sua predisposição para a dádiva voluntária e gratuita em vida ou após a morte. A doação de órgãos é um gesto de extremo altruísmo, um dos maiores atos de generosidade entre os seres humanos. É também crucial o envolvimento e esforço, quer dos profissionais que no seu dia a dia se dedicam à identificação de todos os potenciais dadores de órgãos e tecidos, procurando fazer face à escassez de órgãos existente à escala global, quer de todos os profissionais de saúde envolvidos na transplantação.


Pelo Rim

  

Bibliografia:


Imagem de Tim Marshall via Unsplash