Esparregado de repolho
Esta receita é muito prática, saudável e deliciosa para acompanhar os pratos de carne, de peixe ou os vegetarianos.
A quem se destina
doentes renais crónicos;
população em geral.
Modo de preparação
Coza as folhas de repolho em água (sem sal);
Escorra (desprezando toda a água, para onde foi o potássio) e, se quiser, passe um pouco com a varinha mágica;
De seguida, leve ao lume azeite e alho picado;
Alguns segundos depois, adicione a couve (passada ou muito bem cozida);
Vá mexendo, ao mesmo tempo que adiciona um pouco de farinha de milho (preferencialmente integral), até os ingredientes ficarem bem ligados;
Deixe apurar até à consistência desejada e retire do lume;
Pode ainda adicionar uma pitada de vinagre, de preferência, de sidra;
Sirva de imediato.
Sobre as couves
A família das Crucíferas, como os brócolos, as couves de Bruxelas, a couve lombarda, a couve portuguesa, a couve galega, entre outras, são ricas em glucosinolatos e enxofre, substâncias que intervêm na desintoxicação do fígado, facilitando e acelerando o processo de purificação do organismo.
São uma excelente fonte de vitaminas (betacaroteno, vitamina C, complexo B) e minerais, como o ferro e o cálcio.
Podem ser usadas quer como acompanhamento quer na sopa.
O papel da couve na doença renal crónica
Os doentes renais devem ter uma alimentação rica em antioxidantes, substâncias que ajudam a neutralizar os radicais livres e a proteger o organismo, porque estes experimentam mais inflamação e têm um risco mais elevado de doenças cardiovasculares.
A dieta dos doentes renais deve ser muito restrita em potássio (abaixo de 2000 mg, menos de metade da dieta normal) e em sódio. Uma vez que as hortaliças em geral são ricas neste mineral, os doentes renais devem escolher as que têm menores teores de potássio, como o repolho, a couve portuguesa, a couve lombarda e a couve-flor, não esquecendo os cuidados básicos para reduzir ao máximo a concentração de potássio nos alimentos.
O potássio é um mineral que, quando o alimento é submetido ao cozimento com água, reduz em média 50 % a 60 % a sua concentração. Assim, as hortaliças em geral devem ser, primeiro, descascadas/partidas e demolhadas, depois colocadas numa panela com bastante água e deixar ferver, finalmente, escorrer a água e prepará-las como desejar.
Os alimentos preparados desta forma podem ser usados de várias maneiras, como salteados, em puré, em molhos, saladas, assados, sopas, etc.
Lea Caniço - Nutricionista
Imagem de Natasha Skov via Unsplash