Primeiro Centro de Responsabilidade Integrada em Diálise inaugurado em Vila Real

O Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD) tem em funcionamento o primeiro Centro de Responsabilidade Integrada (CRI) em Diálise do país, localizado no Hospital de Vila Real.

Este centro de diálise, aberto em janeiro, pretende alargar a resposta hospitalar pública aos doentes de hemodiálise.

“O CRI permite oferecer ao doente uma visão integrada dos tratamentos da doença crónica renal ao longo da sua vida.”

Antes da remodelação deste Serviço, a unidade hospitalar de Vila Real tratava de 50 doentes e, com a criação do CRI, passou a ter capacidade de tratar até 90 doentes. Está ainda prevista a expansão às outras unidades hospitalares de Chaves e Lamego.

A criação deste Centro traz benefícios aos doentes e profissionais de saúde e Teresa Morgado, diretora do serviço de Nefrologia do CHTMAD, explica que o CRI permite oferecer ao doente uma visão integrada dos tratamentos da doença crónica renal ao longo da sua vida. Por outro lado, decorrente da sua autonomia, possibilita proporcionar aos profissionais melhores condições remuneratórias e, desta forma, contribuir para fixar especialistas neste centro hospitalar.

Os CRI são novos modelos organizacionais da atividade assistencial, que visam valorizar uma área de especialidade em desenvolvimento crescente. São estruturas orgânicas de gestão intermédia, com autonomia de funcionamento e decisão, critérios e princípios de funcionamento previamente estabelecidos, em contrato-programa, avaliados económica e financeiramente por um período de três anos.

O CRI em Diálise de Vila Real é constituído por uma equipa multidisciplinar formada por médicos, enfermeiros, nutricionista, assistentes técnicos e assistentes operacionais, coordenados por um conselho de gestão e que terá uma ótica de trabalho conjunto e organizado.

A presidente do conselho de administração do CHTMAD, Rita Castanheira, destacou que a criação do CRI na área de diálise, único no país, pretende colocar as necessidades do doente no centro do sistema, aumentando a acessibilidade, a produtividade dos recursos aplicados e criando condições para atrair e fixar profissionais na região.

Rita Castanheira salientou ainda que haverá umamelhoria concreta dos resultados e ganhos em saúdecom este CRI.

Pelo Rim

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