Metabolismo da água

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Metabolismo da água na doença renal crónica

 

Embora a secreção da hormona antidiurética não esteja prejudicada na doença renal, o rim perde a sua capacidade de concentrar ou diluir a urina.

Na doença renal ligeira a moderada pode sentir-se a necessidade de urinar várias vezes durante a noite (nictúria), porque os rins não conseguem absorver a água da urina para a concentrar. Como resultado, o volume de urina ao fim do dia é maior. Na fase terminal da doença renal, o paciente não é capaz de conservar ou excretar a urina normalmente, começando a haver retenção de sódio e água no organismo, o que favorece o aparecimento de edemas.

Até que ocorra uma perda significativa da função renal (por exemplo: taxa de filtração glomerular < 5 ml/minuto), não há necessidade de restrição de líquidos na dieta.

A principal fonte de hidratação é a água. Contudo, existem outras bebidas e alimentos líquidos que contêm grande percentagem de água, nomeadamente: águas aromatizadas, chás, sumos, gelo, gelados, gelatina, sopas, refrigerantes, bebidas alcoólicas, leite, entre outras, e fazem todos parte da recomendação hídrica.

Até que ocorra uma perda significativa da função renal, não há necessidade de restrição de líquidos na dieta.

Para além dos líquidos, também se obtém água a partir dos alimentos, sendo que a água dos alimentos contribui com aproximadamente 500 ml a 800 ml de líquidos por dia e não está incluída na recomendação hídrica diária.

O grupo dos hortofrutícolas é o que contém maior percentagem de água na sua composição (as frutas e as hortaliças contêm cerca de 90% de água), enquanto as carnes têm aproximadamente 50% de água na sua composição. A quantidade de água da carne não está na recomendação hídrica diária.

 

 

Célia Lopes - Dietista

 

 

Imagens: 50/365: Non-primary colors de Kaytee Riek sob licença CC BY-NC-SA 2.0