Homenagem a Abílio Pequeno
Casa do Gaiato de Lisboa prestou homenagem a Abílio Pequeno
De Angola levou a força de imbondeiro e o instinto de sobrevivência. De Portugal levou os amigos e recordações, doces e amargas. Depois da luta armada que assombrava as matas de Malanje, veio a luta pessoal pela saúde e pela coragem para enfrentar uma doença crónica.
A Casa do Gaiato fez parte da sua história desde os oito anos, primeiro em Angola, depois em Portugal, e foi esta casa que ao vê-lo partir não quis deixar de lhe prestar homenagem.
O Abílio poeta, o Abílio pintor, o Abílio utente, o Abílio amigo e o Abílio irmão voltou à Casa do Gaiato de Lisboa através daqueles que o recordaram numa sentida homenagem, que se realizou no passado dia 1 de fevereiro.
Um final de tarde de domingo onde se recordaram os poemas daquele que foi Pequeno de nome, mas grande aos olhos dos que o rodeavam.
De África vieram os sons. Os instrumentos e as danças tradicionais tornaram esta reunião numa viagem até às raízes de Abílio Pequeno, bem ao jeito da komba, um ritual de celebração angolano de homenagem aos que já partiram.
As imagens em movimento permitiram tê-lo de novo ali, ainda que numa ilusão virtual. Um vídeo, com mais de 30 minutos, mostrou alguns momentos em família e atividades em que participou.
A sua obra continua presente e a ser estimada. Alguns dos seus quadros estiveram em exposição na Fábrica do Braço de Prata durante o mês de janeiro, uma oportunidade para revisitar algumas das suas obras mais vibrantes.
Para os amigos e apreciadores, o seu legado suaviza a sua partida pois sabem que, mais cedo ou mais tarde, vão voltar a cruzar-se com ele nos pedacinhos de si que nos deixou, sejam eles quadros, poemas ou simples memórias.
Conheça aqui a história de Abílio Pequeno.
Pelo Rim
Imagens: Tirada na exposição por Vanessa Colaço - Pelo Rim