Paulo Macedo admitiu a necessidade de aumentar o número de transplantes realizados pelo Serviço Nacional de Saúde e de reduzir as listas de espera. As afirmações foram feitas à margem da 47.ª Reunião Anual da Sociedade Europeia de Nefrologia Pediátrica, que se realizou no passado dia 18 de setembro, no Porto.

"Tivemos uma redução no número de transplantes renais. Fizemos várias alterações na recolha de órgãos e estamos a aumentar significativamente o número de transplantados, quer na área renal quer nas outras áreas. Na área renal temos de fazer uma recuperação mais significativa", afirmou o ministro.

Outra das necessidades reconhecidas por Paulo Macedo são os "centros de referência devidamente identificados", avançando que "o apoio aos doentes transplantados passou a ser idêntico ao de doentes oncológicos".

Segundo o site Notícias ao Minuto, existem cerca de 800 mil portugueses com problemas renais crónicos diagnosticados e anualmente são identificados perto de 2.000 novos casos.

Apesar de reconhecer que a lista de espera é “significativa”, o ministro assegurou que o caminho a seguir no que toca ao tratamento não é o da descentralização de serviços que envolvam especialização.

"Faremos alguma descentralização no acompanhamento, mas há áreas que não queremos descentralizar. Que fique muito claro: há áreas que são de grande especialização e que os doentes ganham. Não faremos numa área de grande especialização dispersão pelo país. Não fazemos nós nem nenhum pais do mundo", afirmou.

Na intervenção durante a 47.ª Reunião Anual da Sociedade Europeia de Nefrologia Pediátrica, o ministro aproveitou para lembrar que há 30 anos que não se reuniam em Portugal estas três associações da área, a EWOPA (European Working Group on Psychosocial Aspects of Children with Chronic Renal Failure), a ERA-EDTA (European Renal Association-European Dialysis and Transplant Association) e a IPNA (International Pediatric Nephrology Association).

Perante uma plateia de especialistas na área renal, alguns nacionais mas também membros vindos dos quatro continentes, Paulo Macedo garantiu que “o setor da nefrologia e da insuficiência renal crónica constitui uma das nossas prioridades".

Pelo Rim

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