Facebook salva a vida de um doente renal

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Quando as redes sociais nos "salvam" a vida

 

Doar um rim é sempre uma decisão delicada, mas doar um rim a um desconhecido é muito mais do que isso.

O que lhe contamos a seguir é a história de uma britânica que decidiu fazê-lo depois de ter lido um apelo na rede social Facebook. Corajoso, não!?

Este gesto solidário foi levado a cabo pela britânica Louise Drewery, mãe de dois rapazes, que decidiu responder ao apelo de um pai.

A filha de Darren Hewitt, Stacey de 26 anos de idade e mãe de um menino de três, sofria de doença renal crónica e procurava um dador compatível, numa altura em que se encontrava já num estado debilitado e de cansaço constante, conseguindo apenas percorrer curtas distâncias. Só o transplante lhe poderia devolver a qualidade de vida.

Há três anos em lista de espera, o pai de Stacey recorria a todos os meios ao seu alcance para encontrar um dador para a filha e foi então que decidiu lançar o apelo no Facebook. “Há por aí alguém que possa doar um rim à minha filha?”, escreveu na mensagem partilhada na rede social.

Incrivelmente, houve alguém do outro lado que, embora sendo totalmente desconhecida, respondeu positivamente.

Durante os 13 meses necessários para fazer todos os exames de compatibilidade, os amigos e familiares de Louise puseram várias vezes à prova a sua decisão, mas convicta, a dadora não desistiu.

"O meu maior receio era não acordar e os meus filhos ficarem sem uma mãe. A razão pela qual faço isto é porque uma criança não deveria viver sem a mãe", esclarece a dadora que se tornou a primeira no Reino Unido a fazer uma doação fomentada por uma rede social.

Apesar dos receios, a cirurgia correu bem e as duas tiveram uma boa recuperação.

Já em recuperação, Stacey decidiu usar o Facebook também para agradecer o gesto que lhe devolveu a qualidade de vida. "É incrível e eu não posso agradecer-lhe o suficiente. É preciso muita coragem para dar um órgão a alguém que não se conhece."

Este caso é inédito no Reino Unido, mas existem outros semelhantes pelo mundo. Em 2012, também o norte-americano Damon Brown encontrou um dador através do Facebook.

Apesar de não existirem estatísticas sobre este tipo de doação, acredita-se que a tendência é para aumentar, tendo em conta a crescente utilização das redes sociais. Em 2011, a United Network for Organ Sharing (UNOS) afirmava que a utilização das redes sociais para este fim era cada vez maior nos EUA.

 

 

Pelo Rim

 

 

Imagem: Louise Drewery © Channel5.com

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